sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Para encerrar o Caso do Banqueiro, aqui...


Bom dia pessoas, minha indignação é tanta que esse é o ponto final, sobre o banqueiro boa praça que sai livre de todas, o cidadão que tem as costas quentes.

Pessoal como o STF já advogou para o Banqueiro, agora foi a vez do TRF, meus amigos e amigas não existe mais justiça nessa terra, ou melhor só se tem JUSTIÇA para quem tem dinheiro isso é público e notório.

Mas vamos lá,hoje o dia começou quente pois o sol já está a pino, e descobrimos que nossos adolescentes estão ficando tudo doidão, uns quebram escolas, outros estupram as amigas e assim vai, não é um saldo muito bom, quem sabe o Papa Bento XVI resolve né, pois O Lula Molusco foi lá pedir uma dica financeira para o mesmo.

Engraçado gente, o Brasil foi escolhido como um pais que está conseguindo erradicar a pobreza, porém, já a EDUCAÇÃO, A SAÚDE não me lembro delas o que houve?

Gente, é muita indignação, nossa sociedade está vivendo uma crise de valores, mais não valores (dinheiro) estamos em crise moral, não desejo ninguém sabto, estamos muito longe disso, mas um pouco de noção e bom senso não faz mal a ninguém.

Sabemos todos onde vamos parar desse jeito, mas é mais facil ficar do jeito que está, as pessoas acham. Infelizmente.

Tenho grandes esperanças sobre esse pais lindo, maravilhoso e acolhedor, mas enquanto não cair algumas fichas acho que vamos sofrer alguns revezes.

Que Deus nos ilumine nessa caminhada.

Abaixo segue a ultima do TRF, texto do terra magazine:


Equipe Terra Magazine


Daniel Dantas se livrou de mais uma na Justiça. No último dia 28 de outubro, a desembargadora Cecília Mello e a segunda turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, em São Paulo, decidiram, por iniciativa própria, enterrar uma parte importante da Operação Chacal.

O leitor de Terra Magazine deve se lembrar: Operação Chacal foi aquela realizada pela Polícia Federal em 2004 e que indiciou Daniel Dantas e outros por crimes de quebra de sigilo, divulgação de segredo, corrupção ativa e passiva, receptação, quadrilha, quebra de sigilo telefônico... Espionagem, enfim.

Denúncia acolhida, o processo correu por quatro anos na Justiça Federal de São Paulo.

Eis que, no final de outubro último, decidem encerrar o caso (ou parte dele) de maneira, no mínimo, surpreendente.

Veja também:
» Opine aqui sobre a operação Satiagraha da Polícia Federal
» Toda a dimensão da crise
» Os vazamentos no inquérito da PF sobre vazamentos
» No meio do caminho, tem uma pedra


Sem delongas, a decisão: "A Segunda Turma, por unanimidade, de ofício, concedeu ordem de 'Habeas Corpus' para reconhecer a incompetência da Justiça Federal para julgar o presente feito e para declarar a nulidade dos atos decisórios da ação penal nº 2005.61.81.002929-6, inclusive o recebimento da denúncia, determinando o encaminhamento da ação penal à Justiça Estadual do Estado de São Paulo; tornando sem efeito a liminar anteriormente deferida e julgando prejudicada a impetração (RELATOR P/ACORDÃO: DES.FED. CECILIA MELLO) (EM 28.10.2008 )".

Traduzindo: por iniciativa própria ("de ofício") a segunda turma considerou que a Justiça Federal é incompetente para receber a denúncia e julgar o processo 2005.61.81.002929-6 e o remeteu à Justiça Estadual de São Paulo.

O processo em questão é um pedaço importante da Operação Chacal. É o pedaço que investigou os crimes supostamente cometidos por Dantas com a colaboração do israelense Avner Shemesh.

Ex-militar israelense radicado no Brasil há mais de duas décadas, Shemesh tem uma empresa de segurança e análise de risco patrimonial, segundo seu depoimento à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas. Sim, Shemesh foi ouvido este ano pela CPI de Marcelo Itagiba.

A Polícia Federal chegou a Shemesh no âmbito da Operação Chacal, que investigava Dantas. E concluiu que sua empresa espionava a mando do Opportunity, tal qual a Kroll, segundo a denúncia.

Na operação de busca e apreensão realizada em 2004, encontrou na residência e na empresa de Avner Shemesh maletas que poderiam fazer escutas e uma série de extratos telefônicos, relatórios de vigilância, anotações sobre conversas telefônicas e dossiês sobre atividades de desafetos de Daniel Dantas.

Além dos documentos apreendidos, a Polícia Federal ouviu, fotografou e filmou Shemesh e Carlos Rodenburg, ex-cunhado e sócio de Daniel Dantas, se encontrando. O vídeo da PF está em http://www.youtube.com/watch?v=fHZEjtgcJn0

A defesa de Dantas e Shemesh nesta ação é um capítulo à parte.

Alegaram que quem foi filmado e fotografado se encontrado com Avner Shemesh não era Carlos Rodenburg, mas um motorista.

O motorista seria Fernando Magnenti, que inclusive assinou uma declaração dizendo que era ele, e não Rodenburg, na foto.

Com base nisso, a desembargadora Cecília Mello concedeu em 2007 Habeas Corpus em favor de Rodenburg, trancando a ação contra ele.

E depois fez o mesmo, na véspera do Carnaval deste ano, concedendo liminar em favor de Daniel Dantas.

Mas Magnenti, o motorista que supostamente seria Rodenburg, prestou esclarecimentos à Justiça. E disse que assinou declaração pronta e entregue pela secretária de Shemesh. Disse também que não se reconhece no vídeo.

Shemesh, à CPI de Itagiba, disse não conhecer Rodenburg. Nunca teve contato. Mas em entrevista ao noticiário TELETIME (http://www.teletime.com.br/News.aspx?ID=92542), disse que tinha certeza de que não era Rodenburg no vídeo. Baseou-se na estatura, peso e aparência para fazer a afirmação. Peso, estatura e aparência de alguém que nunca vira...

Resumo dessa parte da história: a ação contra Dantas, Rodenburg e Shemesh correu por vários anos. A Justiça Federal acolheu a denúncia do Ministério Público. Nem a Justiça Federal, nem a desembargadora Cecília Mello nunca se sentiram incompetentes para analisar e julgar o caso. Decisões liminares foram proferidas, provas acolhidas, depoimentos coletados... Tudo dentro da (lenta) normalidade da Justiça brasileira, até o último dia 28 de outubro, quando a decisão acima foi proferida.

Sobre Cecília Mello, há algumas referências importantes.

O advogado de Daniel Dantas, Nélio Machado, fez pedido para que ela fosse "preventa" no acompanhamento das investigações e no julgamento das denúncias decorrentes da Operação Satiagraha. Preventa significa que o caso deveria ir para ela, com base em uma suposta familiaridade com o assunto.

Quando a Folha de S. Paulo antecipou, dois meses antes da Operação Satiagraha, que haveria uma investida contra o Opportunity, Cecília chamou juízes de primeira instância. Queria saber com quem estava esta ação. Depois voltou atrás.

Agora, Cecília Mello e a segunda turma decidem, de ofício e quatro anos depois, que a Justiça Federal é incompetente para julgar os supostos crimes apurados contra Daniel Dantas, Carlos Rodenburg, Avner Shemesh et alli.

Com os mesmos argumentos, podem decidir futuro semelhante para a ação contra Daniel Dantas, Kroll e afins, ação esta também decorrente da Operação Chacal. E assim caminha para a pilha de processos que nunca terá fim mais uma operação da Polícia Federal.